A+ A A-
12 Jun. 2017

Solução para a vespa das galhas do castanheiro passa por luta biológica com largadas de Torymus Sinensis

A sessão de esclarecimento sobre a praga da vespa das galhas do castanheiro, destinada aos agricultores, proprietários e produtores de castanha do Concelho de Tondela, que decorreu no passado dia 8 de Junho, chegou a uma conclusão: a solução para esta praga passa pela luta biológica com largadas do parasitoide Torymus Sinensis.

A Refcast – Associação Portuguesa da Castanha refere que a luta biológica, ou seja, a largada de insectos “bons” Torymus Sinensis, que vão depositar os ovos nas galhas dos castanheiros infectados, não deixando que a vespa das galhas se desenvolva, permitirá equilibrar a balança e no “futuro poderemos conviver com a vespa das galhas sem, contudo, afectar a produção de castanha”.
Já os “produtos químicos não são aconselhados, pois não erradicam a praga, já que o insecto eclode de forma escalonada, por fases e, portanto, não se mostram eficazes”.
A sessão, promovida pela Câmara Municipal de Tondela, pretendeu esclarecer e informar todos os presentes sobre o que é a vespa das galhas do castanheiro, nomeadamente quais os sintomas desta praga, como se dispersa, quais os meios de luta existentes e quais os procedimentos a executar pelos agricultores e entidades envolvidas, de forma a podermos conviver com esta praga no futuro sem que haja perdas de produção de castanha.
O principal sintoma detectado a nível local são o aparecimento de galhas nos ramos mais jovens, nos pecíolos ou na nervura central das folhas, que evidenciam um intumescimento dos tecidos, podendo medir entre 5 e 20 mm de diâmetro, aparentando uma coloração inicial esverdeada, que vai passando posteriormente para rosada, tornando-se mais visível.


O importante papel dos agricultores
Segundo a Associação Portuguesa da Castanha, no combate a esta praga os agricultores têm um papel preponderante e crucial, numa primeira fase, através do uso de plantas não infectadas (usar nas plantações material com passaporte fitossanitário), numa segunda fase, na verificação semanal das plantações jovens e eliminação das galhas infectadas, numa terceira fase, na comunicação aos serviços dos locais com presença da vespa das galhas e, por último, no uso de práticas culturais adequadas à fase da luta biológica.
O Município de Tondela alerta assim para a necessidade de os produtores realizarem inspeções semanais aos castanheiros e de terem o cuidado de ao plantar novas árvores, que sejam detentoras de passaporte fitossanitário, já que a praga foi introduzida em Portugal por espécies de castanheiros vindas do estrangeiro.
A sessão, realizada no Auditório Municipal de Tondela, que contou com uma centena de participantes, foi também dedicada a presidentes das Juntas de Freguesia, associações e público em geral e foi promovida pelo Município, em conjunto com a Associação Portuguesa da Castanha (Refcast) e a Direcção Regional de Agricultura e Floresta do Centro (DRAP Centro).
Na ação de esclarecimento estiveram presentes os Vereadores, Miguel Rodrigues e Pedro Adão, o coordenador técnico da Refcast, Cândido Rodrigues, o técnico superior da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro), Helena Cortez, e pelos serviços Higiosanitários de Tondela, Rosalina Loureiro.
No caso de deteção de galhas contaminadas, os produtores devem proceder à sua remoção para um saco e queimá-las, bem como comunicar os focos de deteção que identifiquem através dos seguintes meios:
– Serviços Higiosanitários de Tondela – 910 692 349 ou através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..
- DRAP Centro (Serviços de Viseu) - 232 467 220

 

 

 

 

Agenda de eventos (2)

Próximos eventos (2)

Sorry, no events.

Câmara Municipal de Tondela © Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: mixlife