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07 Out. 2013

Arqueologia Preventiva – acompanhamento de obra nos limites do sítio arqueológico da “Laja das Côcas”, Santiago de Besteiros

No âmbito da política de salvaguarda de sitos arqueológicos concelhios, o Gabinete de Património Cultural da autarquia acompanha as obras de alargamento da EM 623 próxima dos limites do sítio arqueológico “Laja das Côcas”, na freguesia de Santiago de Besteiros.

O Gabinete de Património Cultural procedeu à análise, in situ, das obras de alargamento da EM 623, que liga a povoação de Carvalhal da Mulher (Freguesia de Silvares) à EN 228 (estrada que liga a povoação de Caparrosa à de Santiago de Besteiros), numa extensão aproximada de 5 km.
É uma obra da responsabilidade da Comissão de Compartes de Carvalhal da Mulher e da Junta de Freguesia de Santiago de Besteiros. O trabalho pautou-se pela análise dos terrenos limítrofes à EM 623 e aos diversos locais de depósito de terras provenientes do respetivo alargamento da via.
Junto à EM 623, numa área denominada Salgueiral, de declive acentuado, encontra-se o sítio arqueológico “Laja das Côcas”, (Freguesia de Santiago de Besteiros), ao qual o empreiteiro, responsável pelas obras, está a ter em consideração face às intervenções que está a realizar.
A Junta de Freguesia de Santiago de Besteiros informou que as obras de alargamento EM 623 estão condicionadas neste local, para a preservação do respetivo sítio.

Descrição do sítio arqueológico
Coordenadas: X: 73960.Y: 94560.Z: 525m.Carta Militar de Portugal n.º: 188-2000.
Referências anteriores (resumo): A estação corresponde a um afloramento granítico sub-horizontal constituído por diversos motivos gravados, por abrasão, numa superfície bastante erodida. Encontram-se representadas covinhas agrupadas aos pares e sulcos executados por abrasão, constituindo falos de tamanhos variados. Estes motivos serão em maior número em detrimento dos semicírculos e podomorfos, também representados.
Classificação cronológica: Idade do Bronze Final; I Idade do Ferro.
Classificação tipológica: Arte rupestre.

Para saber mais
ARRAIS, António J. do Nascimento (2011): “Arqueologia das Terras de Besteiros (contributos para a carta de património do concelho de Tondela”, Dissertação de Mestrado, em Arqueologia e Território, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, p.30.
SILVA, Carlos Tavares da (1947): “Vestígios pré-históricos de Besteiros. I-A Laja das Cocas”, Beira Alta, 6, pp. 291-230.
TAVARES, António Augusto e SILVA, Celso Tavares, (1971): “Gravuras rupestres da Região de Viseu”, Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia, Coimbra: Junta Nacional da Educação, pp. 261-270.
SANTOS, A.T. (2006): “A arte rupestre na proto-história antiga do vale de Besteiros: interpretação e territorialidade”, Conímbriga, 45, pp. 47-64.
SANTOS, A.T. (2008): “Uma Abordagem Hermenêutica – Fenomenológica à Arte Rupestre da Beira Alta: o caso do Fial (Tondela, Viseu)”, Estudos Pré-Históricos, VOL.XIII, Viseu: Centro de Estudos Pré-Históricos da Beira Alta, p.126.
SANTOS, A. T. (2009), “The post-paleolithic rock art in Beira Alta (Center of Portugal)”, in BALBÍNBEHRMANN, R.; BUENO RAMIREZ, P.; GONZÁLEZ ANTÓN, R.; ARCO AGUILAR, C. del, Grabados rupestres de la fachada atlántica europea y africana/ Rock Carvings of the Euro-pean and African Atlantic Façade, Oxford, pp. 109-127.

Divisão de Cultura e Comunicação
Gabinete de Património Cultural

 

 

 

 

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