Na apresentação aos deputados municipais a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, falou num orçamento de proximidade, modernidade, ambição e de transição de ciclo.  

“Este é um orçamento de proximidade que evidencia aqueles que são os nossos compromissos políticos com as populações. O orçamento foi articulado com os senhores presidentes de junta, ouvimos o que eles tinham para nos dizer, acolhendo, dentro das nossas possibilidades, as obras que entendemos ser prioritárias e refletindo-as nas Grandes Opções do Plano (GOP)”, referiu a autarca.

“É um orçamento ambicioso porque espelha bem o compromisso que queremos ter com as nossas populações, na defesa daqueles que são os seus interesses e na resolução dos seus problemas”, acrescentou.

Carla Antunes Borges revelou depois que o executivo municipal decidiu alinhar o orçamento e as GOP com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) traçados pela Organização das Nações Unidas (ONU), com vista a aumentar o índice de desenvolvimento sustentável do território.

“Este orçamento reflete uma dinâmica de modernidade vertida na tradução à escala municipal dos ODS. De uma forma muito concreta quisemos traduzir esses objetivos em realizações a nível local e que o nosso orçamento e as GOP espelhassem também a concretização desses objetivos”, argumentou, salientando que a ideia é também incorporar esses objetivos de desenvolvimento na missão e linhas orientadoras das atividades dos serviços municipais.

Por fim, a presidente de Câmara frisou que o orçamento de 2024 será também de transição de ciclo, uma vez que o atual quadro comunitário de apoio está a chegar ao fim, não se vislumbrando que o novo ciclo de fundos europeus “esteja em execução física ou financeira durante o ano de 2024”.

A transição de quadros comunitários foi de resto uma das explicações apresentadas pela presidente da autarquia para justificar a redução em cerca de dez milhões de euros do orçamento para 2024 em relação ao deste ano.

A penalizar o documento estão ainda a inflação, as alterações governativas, as guerras na Ucrânia e no Médio-Oriente e os atrasos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Nas Grandes Opções do Plano, entre os projetos inscritos, a destacar o lançamento do Orçamento Participativo (OP), que nesta primeira edição terá uma dotação de 50 mil euros. A ideia do executivo é que este montante seja executado já em 2024, dando prioridade a obras na área da inclusão social.

Nas GOP estão também inscritas verbas para a execução das obras de requalificação da EB 2,3 de Campo de Besteiros, cujo projeto de financiamento transitou para o PRR. A criação da Loja do Cidadão também avançará com a ajuda da chamada bazuca europeia, assim como a requalificação da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Tondela.

A realçar ainda a execução da Estratégia Local de Habitação, as obras de ampliação da Zona Industrial do Lajedo, a criação de uma nova área de acolhimento empresarial mais vocacionada para o ambiente no Borralhal, junto ao Planalto Beirão, a reabilitação da Ribeira de Dardavaz e, de entre outras empreitadas em estradas, a requalificação da EM 1515 que liga Jueus a Laceiras.