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Arquitectura Civil

Solar de Sant’Ana
-Freguesia: Tondela
Imóvel de Interesse Municipal (em vias de classificação) 

O Solar de Sant’Ana fica situado na rua Dr. Simões de Carvalho e ocupa uma posição de relevo numa das principais artérias da cidade de Tondela. Foi construído durante o século XVIII.
Este edifício pertenceu à família Ferraz de Carvalho, da qual alguns membros foram lentes da Universidade de Coimbra, daí havendo quem lhe chame a Casa dos Lentes.
O Edifício, de três pisos, foi construído à base de granito, reboco e madeira e é representativo do barroco rural. Na fachada do Solar estão gravadas as armas dos “Valle”.
A capela, que se encontra integrada no solar, possui um altar em talha dourada, executado em Itália e depois trazido para Tondela no qual se encontra gravada uma inscrição que diz: “Altar privilegiado perpetuamente concedido pelo Papa Bento XIV, em 3 de Março de 1751,a instâncias de Alexandre Marques do Valle, para bem da sua alma e todas as dos seus parentes por consanguinidade e afinidade”. 
O Solar de Sant'Ana será o núcleo sede do Museu Terra de Besteiros, com a consequente adaptação que permitirá a construção de infra-estruturas necessárias ao funcionamento do circuito expositivo e demais serviços associados.

Para saber mais:
SOUSA, Gonçalo de Albergaria e, Pedras de Armas da Beira Alta, Lisboa 1990, pág. 42.
MARTINHO, António Manuel Matoso, O Concelho de Tondela-História e Património, Edição da Associação de Defesa e Propaganda do Concelho de Tondela, 1985. Dom Jaime-Cadernos de Cultura, número 3, Edição da Câmara Municipal de Tondela, ano II, Dezembro de 2003.

 

Antigo Hospital de Tondela
-Freguesia: Tondela

O edifício é do século XIX-XX (conjectural), pertencendo à arquitectura civil eclética. O corpo é central com paramento encimado por empena em pinhão, em plano mais elevado, invadindo o telhado. 
A planta é rectangular, composta e irregular. A fachada principal está orientada a NE com corpo central à qual se tem acesso por uma escadaria. 
Possui uma porta rectangular encimada por falso frontão de pedra, ladeada por dois janelões rectangulares, encimados igualmente por falsos frontões e também por outros dois, iguais entre si, de menor altura e maior largura, decorados com falsas arquitraves. 
Em plano superior existe um janelão rectangular e uma empena em pinhão. Lateralmente, e no mesmo plano, existem duas alas, cada uma com cinco fenestrações rectangulares, encimados por falsas arquitraves.
Em 1999 realizaram-se construções em alguns alçados, cuja finalidade foi a remodelação geral do interior para adaptação a lar e centro de dia para idosos, surgindo deste modo algumas estruturas de apoio (cozinhas, sanitários, lavandarias e serviços). O exterior também foi intervencionado de modo a ser criado um parque de lazer. Actualmente funcionam serviços da Santa Casa da Misericórdia de Tondela.

Para saber mais: 
DGEMN – Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais

 

Fonte da Sereia
-Freguesia: Tondela

Começando por uma modesta povoação de lavradores a importância de Tondela, como núcleo populacional e centro de negócios, aumentou grandemente no decurso dos séculos XVII e XVIII. Porém, a falta de água levou à construção de um chafariz no centro da vila, junto à antiga casa da Câmara. Ela foi a obra municipal de maior utilidade pública levada a cabo nos finais do século XVIII. Actualmente o chafariz encontra-se na Avenida Tomaz Ribeiro.
A fonte possui um belo frontão com as armas reais encimado por uma figura de uma mulher empunhando uma trombeta, segundo a qual durante a ocupação moura, uma mulher vigiava o horizonte fazendo soar a trombeta em caso de perigo eminente e ao “Tom Dela” toda a gente se preparava para a defesa da povoação.




Solar do Visconde de Britiande
-Freguesia: Parada de Gonta

O solar é do século XVIII e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil residencial, barroca. 
A planta é longitudinal, composta em U, integrando a capela no extremo esquerdo da fachada principal e possui corpo perpendicular no lado direito, acompanhando o desnível do terreno, formando um corpo de dois andares. 
A fachada principal está orientada a NE com corpo central de um piso rasgado por quatro janelas quadrangulares de guilhotina e balcão. A escadaria de recorte polilobado dá acesso à entrada principal, ladeada por pilastras e sobrepujada por um brasão heráldico. 
A capela que integra o edifício encontra-se no mesmo plano da fachada ou seja no piso superior. Está situada no extremo SE., delimitada por cunhais de cantaria com escadaria polilobada de três degraus que dá acesso ao pórtico, com moldura em cantarias e frontão curvo integrado com legenda epigrafada e nicho no tímpano.

Para saber mais:
SOUSA, Gonçalo Soares de Albergaria e, Pedras de Armas da Beira Alta, Lisboa 1990, pág. 48.
“Portugal Século XXI, Distrito de Viseu, Edição II de O Nosso País-Gabinete de Projecção e Divulgação das Culturas de Portugal- Suporte digital

 

Solar de Vilar
-Freguesia: Vilar de Besteiros
-Imóvel de Interesse Público

O solar é do século XVIII e enquadra-se na tipologia da arquitectura religiosa, rococó. A organização da fachada e da capela é em plano único, de feição horizontal. O acesso principal é feito através de uma escadaria exterior servindo como eixo da composição simétrica. Apresenta dois pisos, sendo o superior o mais nobre. Possui planta longitudinal, composta e irregular. A fachada principal e o corpo da capela ocupam dois pisos. A escadaria monumental é composta por balaústres de três lanços.
A capela é adossada por pilastra enquanto que o portal de frontão é curvo e interrompido, encimado por grande janelão de arco abatido.

Para saber mais:
PINHO, José Joaquim da Silva, As Meninas Mascaranhas -História Verdadeira de uma família da Freguesia de Valongo do Vouga, Coimbra, 1984. Guia de Portugal, vol. III, n.º II, Beira Baixa e Beira Alta, Lisboa, 1985.



Solar do Dr. Tomaz Ribeiro de Melo
Freguesia: Parada de Gonta

O Solar foi construído entre o século XVII e o século XIX e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil maneirista.
A planta é longitudinal, composta e irregular. As coberturas dos telhados de uma, duas e quatro águas são diferenciadas. A fachada principal orientada a SE é composta por corpos diferenciados. A torre, de três pisos, possui uma porta centralizada de acesso, ladeada por duas janelas gradeadas.
O portão de acesso ao interior da habitação é sobrepujado por varandim de ferro. O corpo manuelino é composto por porta de arco em asa de cesto e, em nível superior, três janelas manuelinas maineladas, que são o único exemplar de janelas manuelinas do Concelho.

Para saber mais:
DGEMN – Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.



Antiga Casa da Câmara
-Freguesia: São Miguel do Outeiro

Edifício de aspecto banal, mas construído de bem faceada silharia granítica de aparelho descoberto. È edificação certamente do século XVIII e ostenta a meio da fachada, junto ao telhado, um brasão de armas ornado de rústicos paquifes, mas vazio de campo, sem coroa, elmo coronel ou timbre.
No primeiro andar, consta que teria sido a cadeia do concelho.

Para saber mais:
Revista Beira Alta, 2.º Volume, 1943, pág. 82.



Pelourinho
-Freguesia: Tondela
-Imóvel de Interesse Público

O actual pelourinho de Tondela encontra-se ao fundo da Rua Dr. Simões de Carvalho, no largo da Câmara Municipal de Tondela. Foi reconstruído no século XX (1930-1933) por Manuel Tôrto, e enquadra-se na tipologia da arquitectura administrativa judicial, aos pelourinhos de bola.
Descrição:
Plataforma: Três degraus octogonais de faces lisas com a face superior em direcção à coluna.
Coluna: Base-Prisma octogonal de faces lisas, tendo molduras octogonais rectilíneas, com ligeiro filete a procedê-los nos dois extremos.
Fuste-De superfície lisa, octogonal, ligeiramente galbado.
Capitel-Constituído pela sobreposição de várias molduras octogonais circundantes de tamanho crescente até à concordância de peça de remate.
Remate-Peça cónica com superfície abaulada, terminando com anelete duplo sobre o qual repousa uma esfera de granito. A partir desta ergue-se uma grimpa em ferro, com haste rematada em cruz tendo a bandeira sensivelmente a meio.

Para saber mais:
MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses – Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa 1997.
CHAVES, Luís, Os Pelourinhos – Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

Pelourinho
-Freguesia: Guardão (Janardo)
-Imóvel de Interesse Público

O pelourinho do Janardo foi construído no século XVIII e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil, setecentista. É um pelourinho do tipo de pinha piramidal, quadrada ou pinha embolada.
Descrição: 
Plataforma: Dois degraus quadrados de aparelho rústico.
Coluna: Base-Bloco prismático, com cerca de 80 cm de altura.
Fuste-De secção quadrada, com ângulos ligeiramente chanfrados a toda a altura.
Remate-Pirâmide quadrangular com retorno rectilíneo inferior constituído por uma esfera.

Para saber mais: 
CHAVES, Luís, Os Pelourinhos-Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. VI, n.º II, 1947, idem XXII, n.º III e IV, 1962.
MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses-Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa, 1997.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

Pelourinho
-Freguesia: São João do Monte
-Imóvel de Interesse Público

O pelourinho de São João do Monte foi construído no século XVII (conjectural) e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil, setecentista.
Descrição: Plataforma: Dois degraus quadrados, o mais baixo “embebido” no terreno.
Base: Degrau semelhante aos demais existentes em Tondela, com rebordo bastante maltratado.
Coluna: Base:Prisma quadrangular com cerca de 1,80 m.
Fuste:De superfície lisa, secção quadrada de ângulos largamente chanfrados, renascendo de mal pronunciada cabeceira, sem orifícios nem acessórios.
Remate:Peça em forma de pirâmide truncada de igual número de faces e com a base para baixo repousando directamente sobre a coluna. Ao altar, por pináculo, eleva-se o ferro da grimpa que atravessa o galo metálico do catavento.

Para saber mais:
CHAVES, Luís, Os Pelourinhos - Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. III, nºs. I e II, 1948.
MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses-Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa 1997.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

Pelourinho
-Freguesia: Canas de Santa Maria
-Imóvel de Interesse Público

O pelourinho de Canas de Santa Maria foi construído durante os séculos XVI / XVII (conjectural) e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil quinhentista / seiscentista, pelourinho de bola ou pinha embolada.
Descrição: Material – Granito da região.
Plataforma – Três degraus quadrados lisos e primitivos, assentes num socalco grosseiro que lhes revela o apoio.
Coluna – De grande simplicidade, de secção quadrada, com esquinas chanfradas e toda a altura, à excepção dos extremos. A coluna apoia-se no degrau superior, pelas cabeceiras dos chanfros, formando uma singela base.
Capitel – Dir-se-á constituído pelo alargamento de chanfros da coluna no topo superior, os quais alargam em listel rebordante quadrado, de pequena altura servindo de base ao remate.
Remate: Tronco de pirâmide quadrangular, cujo topo superior serve de assento ao remate em bloco, de contornos arredondados, mas de talha também quadrangular.

Para saber mais:
CHAVES, Luis, Os Pelourinhos-Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. III, nº. III, 1944.
MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses-Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa 1997.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

Pelourinho
-Freguesia: Sabugosa
-Imóvel de Interesse Público

O pelourinho de Sabugosa foi construído durante o século XVII e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil seiscentista, pelourinho de bola.
Descrição: Material – Granito da região.
Plataforma – Da do restauro (1939) é constituída por degraus quadrados de aresta de pequena dimensão.
Base: Degrau normal de pequena aresta.
Coluna – Base: Singelo soco quadrado e pequeno anel rebordante.
Fuste: Cilíndrico, de superfície lisa, tendo abertos dois furos redondos, no mesmo alinhamento vertical, sendo um, a um terço de altura e outro na ponte média. Neles estariam engastados os ferros de sujeição.
Capitel – Delimitado inferiormente por anel de base ao corpo piramidal invertido, donde nascem quatro pendentes cantonais salientes que se dilatam, até aos ângulos do listel plano e quadrado onde se apoia o remate.
Remate: Peça piramidal em posição inversa do precedente. Isto adelgaçando-se para cima até ao coruchéu. Este é constituído por uma calote esférica oca, sobrepujada por uma peça esférica achatada. Apresenta este monumento à singularidade pouco vulgar e curiosa da referida calote ou diapéu com esferóide terminal se a peça for amovível.

Para saber mais:
CHAVES, Luís, Os Pelourinhos - Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. VII, nº. III, 1948.
MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses-Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa 1997.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinho do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

Pelourinho
-Freguesia: São Miguel do Outeiro
-Imóvel de Interesse Público

O pelourinho de São Miguel do Outeiro foi construído durante o século XVIII e enquadra-se na tipologia da arquitectura civil, setecentista, pelourinho de pinha.

Descrição:
Plataforma: Três degraus octogonais de rebordo saliente.
Coluna: Base – Atarracada e baixa, de oito faces e constituída por três molduras sobrepostas da última das quais, mais destacada e de menor área, emerge a vara poligonal.
Fuste – Prismático de superfície lisa, de secção octogonal, concordante com a base.
Capitel – Também de feição octogonal, compõe-se de uma série de molduras escalonadas em superfícies crescentes a inferior das quais baleadas: a seguinte ornada em toda a periferia circular de pequenos golpes de cinzel e as restantes rectilíneas.
Remate – Nasce de uma peça octogonal simples de faces planas baixas de diâmetro muito inferior ao do capitel adelgaçando em gola para se dilatar em seguida no ponto esférico recamado de decoração vegetalista. Coruchéu em prato saliente sobrepujado pelo pináculo circular bipartido por uma funda gola e rematando em balcão.

Bibliografia: 
CHAVES, Luís, Os Pelourinhos-Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939.
REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. II, nº. 1, 1943.
MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses-Tentâmen de Inventário Geral, Lisboa 1997.
SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

 

 

 

 

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