Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e ainda membros da Liga de Amigos do Museu e muito convidados, que assim quiseram estar presentes na grande cerimónia cultural do ano. O Presidente do Município destacou a todos os presentes a excelência desta obra, quer do ponto de vista físico (uma das melhores estruturas museológicas da Região), quer igualmente do seu conteúdo. Concebido como Museu de Território, esta valência cultural, histórica, científica, mas igualmente pedagógica e educativa, retrata de uma forma diacrónica, os principais momentos da história e das vivências dos habitantes das terras de besteiros. O Museu, através das suas salas, documenta, interpreta e divulga o território concelhio, as suas características geológicas e culturais próprias. Exprime igualmente a cultura e tradição das populações que habitaram outrora este território. Não esquecendo o futuro e as tecnologias. E é precisamente aqui que reside o novo paradigma do discurso museográfico deste museu: a componente tecnológica e multimédia. A capacidade de inovação, recorrendo às novas tecnologias, foi uma preocupação constante do projecto museológico concelhio. A interactividade e a multimédia fazem parte de todo este cenário cultural, fazendo com que o público não tenha um papel de mera passividade mas, pelo contrário, seja um agente activo no espaço de exposição. Percorrendo as salas os visitantes podem interagir com ecrãs touchscreen nas salas do Território, do Barro Negro de Molelos e na Estância Sanatorial do Caramulo, explorar os diversos conteúdos de uma Tangitable do Património Cultural e Arqueológico na sala da Pré-História e Metalurgia, manipulando uma mapa do concelho e um menu interactivo, que procura explorar diversas estações arqueológicas. Para além de poder ficar a conhecer um conjunto de artefactos pré-históricos que activados sensorialmente, nos dão informação acerca dos mesmos, acompanhados de pequenos filmes onde podemos ver como supostamente poderão ter sido fabricados pelo homem pré-histórico e quais as suas principais aplicações. Um verdadeiro ensaio de etnoarqueologia, que vai fazer certamente as delícias dos estudantes e demais visitantes. Isto para não falar na sala da Idade Média, onde o visitante poderá se divertir com uma aplicação multimédia na qual se utiliza a Besta como instrumento de um jogo para interagir num cenário de guerra, de caça e de paz. Além de ecrãs vídeo nas salas do Território e do Futuro. Visto nesta perspectiva, o discurso expositivo será factor de atractividade, de modernidade e de interacção pedagógica. Situado numa artéria nobre da Cidade, o Museu trará para a mesma e para o Concelho, uma mais-valia cultural e turística sem precedentes. O discurso inicia-se no piso 0 dando a conhecer o território concelhio, as suas características naturais, desde a serra até ao vale. O conhecimento da evolução do Homem neste concelho, fica ilustrada por um conjunto de artefactos e arte pré-histórica, provenientes de sítios arqueológicos como são os casos da Anta da Arquinha da Moura (freguesia da Lajeosa do Dão) e da Estação de Arte Rupestre de Molelinhos (freguesia de Molelos). Ainda neste piso se dá a conhecer o período de Romanização e a Idade Média, deparando-se o visitante com uma alusão à Fé Humana, com a possibilidade de visita à Capela, pertencente ao Solar de Santa Ana. Com a formação do território das Terras de Besteiros e a evolução dos seus antigos municípios o visitante é convidado a subir ao piso 1, onde poderá percorrer a História mais recente, do Século XIX e XX, conhecendo a realidade do desenvolvimento Pré-Industrial, bem como a chegada do Caminho de Ferro, o aparecimento dos Sanatórios e o consequente apogeu da Estância Senatorial do Caramulo. O Engenho Humano ganha também relevo, sendo apresentados gestos seculares da actividade humana como a agricultura, a produção de linho, a funilaria, a cestaria, o barro negro, bem como a pisoagem do burel, utilizado na confecção das tradicionais capuchas. O museu municipal para além de disponibilizar ao público esta área expositiva, está apetrechado com um auditório, com ateliê de serviços educativos, com loja de venda de publicações municipais e de produtos diversos. Possui ainda um Centro de Documentação para um público especializado (estudantes e investigadores), visto possuir um considerável acervo documental de temas sobre cerâmica, arqueologia, artes e ofícios, história de arte e monografias. Ao longo desta viagem no tempo os diferentes tipos de público podem vivenciar uma experiência única sobre este Território, descobrindo o passado, compreendendo o presente e antevendo o futuro do concelho de Tondela. Em suma, uma referência no panorama museológico da Região, que alia a qualidade científica dos conteúdos ao design e criatividade museográfica. Empregando uma forma de comunicação dinâmica, atractiva e plural, transmite, em diferentes suportes, conteúdos interpretativos que exprimem o Território de Besteiros.