Presentes na assistência estiveram o Vereador do Pelouro da Cultura e Educação, José António de Jesus, as vereadoras Carla Pires e Cecília Fragoso, o vereador Pedro Adão, além de representantes de várias associações culturais do concelho que, em formação sobre o Movimento Associativo na biblioteca, assistiram também a este importante lançamento editorial. Tomando a palavra o Presidente Carlos Marta lembrou a importância de todas as iniciativas que permitem combater a diferença e aproximar, dar voz e espaço àqueles para quem, por limitações variadas, tudo é mais difícil. Referiu a satisfação com que acarinhou o lançamento do livro de Lurdes Breda, que conhecia como autora premiada nos Jogos Florais do concelho, salientando a determinação, alegria e a atitude positiva com que ultrapassa barreiras e concretiza os seus sonhos através da escrita. A sessão de apresentação do livro principiou com uma coreografia executada por Rui Sousa, utente da APPCDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos dos Cidadãos Deficientes Mentais) de Coimbra. A contextualização da obra que apresenta a particularidade de aliar o texto convencional e a ilustração à escrita com símbolos, esteve a cargo da Dr.ª Lina Carregã. Sob a sua supervisão pedagógica, os jovens deficientes mentais, utentes da APPCDM de Coimbra – Unidade Funcional de Montemor-o-Velho (Rui Sousa, Dora Pires, Ana Marques, Ricardo Henriques e Graça Vaz), reescreveram o texto utilizando a Escrita com Símbolos, método que permite outras formas de comunicar e que pode facilitar a aquisição de competências básicas em leitura e escrita, podendo ser usado em processos de reabilitação ou em contextos educativos. De seguida Lurdes Breda agradeceu as palavras do Presidente do Município e a presença de todos os que se quiseram associar à iniciativa. Lembrou que o livro surgiu da convergência de várias vontades num trabalho que envolveu a autora, a ilustradora, a APPCDM, a Cnotinfor e o Instituto Nacional da Reabilitação. Referiu que o livro tem como alvo preferencial o Ensino Pré-Escolar, uma vez que os conteúdos explorados e a linguagem utilizada se adequam a este nível, embora possa ser alargado aos primeiros anos do Ensino Básico do 1º Ciclo e a pessoas com necessidades educativas especiais. A escolha do personagem principal, “o Piolho Zarolho”, prende-se com o tamanho da figura (pequenino e traquina), por analogia com a dimensão conceptual da criança e do seu universo. Finalmente, a Dr.ª Manuela Alves, da Cnotinfor, responsável pela revisão científica fez a exemplificação prática do software Comunicar com Símbolos, programa que permite a tradução das palavras em símbolos, associando a imagem, ao som e à voz. No final, Romeu Mendes executou a dança da “canção do piolho” e Dora Pires entregou ao Presidente um desenho por ela executado ao longo da sessão.
